Ao ler no Público uma notícia relativa ao encontro entre o rei de Marrocos, Mohamed VI, e o primeiro-ministro espanhol em que debateram os vários conflitos que opuseram, neste Verão, as autoridades dos dois países, vi que, era inevitável, um dos pontos de discórdia foi a cidade autónoma de Melilla. Lembrei-me então de um erro muito comum: pronunciar a palavra espanhola tequila como se tivesse dois ll. Não tem. Este vocábulo não tem a letra, ou dígrafo, melhor dizendo, ll (elle, em espanhol), que faz parte do alfabeto espanhol desde 1803, mas a letra l. Em 1994, no X Congreso de la Asociación de Academias de la Lengua Española, convencionou-se que os dígrafos ll e ch (che, em espanhol) deixariam de figurar como letras independentes na ordenação alfabética de dicionários e bibliografias. Claro que não estou à espera de que estes falantes apressados de todas as línguas saibam isto. Como decerto gostam de informação mais ligeira, aqui vai: o nome da letra q é cu: «cu de queso». Última anedota: o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora regista «tequila» e «tequilha».
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