1.11.10

Pronúncia: «Rousseff»


«Ruzefe», dizem eles


      Temos aqui um problema, mas desses que se resolvem da noite para o dia: alguns dos nossos jornalistas da rádio, como Alexandre David, da Antena 1, não pronunciam correctamente o apelido da nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff. «Ruzefe», diz ele. Quem sabe se o apelido original, que o advogado búlgaro Pétar Russév, pai de Dilma, mudou para Rousseff, se pronunciava dessa forma. Na escrita, também temos um problema: na mesma edição de certos jornais, como no Público de hoje, ora se lê Rousseff ora Roussef.

[Post 4033]

3 comentários:

Paulo Araujo disse...

Não só a grafia quanto a pronúncia devem importar para a personalidade, porquanto outros nomes usou, em outras épocas, sem o menor constrangimento...

Rui Dantas disse...

A capa do Público de hoje também refere por duas vezes uma fábrica de "Magualde" (sic), por isso nem precisam de nomes búlgaros complicados...

Saki disse...

Ai, são tantos os casos de má pronúncia por má transliteração...
(o que eu gostava que Mestre Guegués fizesse um poste sobre transliteração)
Basta que as palavras nos tenham chegado pela língua francesa para ver o nosso simples som U grafado OU, quando é sabido (?) que nós lemos este ditongo Ô (e para os Franceses a grafia de U lê-se IU, enfim).
Do inglês também não faltam palavras cuja transliteração não nos é traduzida dessa língua. Teimam em escrever Eltsin (Boris) quando os Russos lêem Ieltsin, escrevem o J russo como ZH, pois o seu próprio J se lê Dj, e nós vamos estupidamente atrás, muitas vezes, nestes tempos facilitistas. Hoje escreveríamos Brezhnev e não Brejnev, francamente.
Obrigada por este desabafo e bocadinho ;)