«De acordo com o documento do Governo Civil de Lisboa, que define as especificações técnicas dos veículos, estes não se tratam de simples “viaturas de transporte pessoal com protecção balística”, conforme garantiu o ministro da Administração Interna (ver texto ao lado) e o comando da PSP. Tratam-se, isso sim, de verdadeiros blindados de guerra, idênticos aos usados pelos americanos e ingleses no Iraque» («PSP comprou blindados para a ‘guerra’ nos bairros», Valentina Marcelino, Diário de Notícias, 11.11.2010, p. 4).
Aí está: para não ser apenas a ministra da Educação a cincar em regra tão elementar, os jornalistas imitam-na. Cá estamos nós a pagar e a ler os disparates.
[Post 4078]
4 comentários:
Começo a recear que há força de se ouvir venha a deixar de ser considerado erro...É como dizer haviam muitas pessoas ou coisas assim
Como eu vi correr tansos
por Cabeceiras de Basto,
crescerem cincas e o gasto,
vi, por caminhos tão maus,
tal trilha e tamanhos ransos,
Logo os meus olhos ergui,
à casa antiga e à torre,
e disse comigo assi:
«Se Deus nos não val aqui,
perigoso imigo corre.»
Não me temo de Mercados,
donde guerra inda não soa;
mas temo-me de Marados,
que, ao cheiro desta mistela,
o verbo nos decorçoa.
- Montexto, à maneira do bom Sá.
Tenha-se a pachorra de emendar a cagografia de «ransos» para «ranços».
- Montexto
E «há força de se ouvir» por «à força de se ouvir». ;)
Enviar um comentário