Blogue sobre a língua portuguesa, com ocasionais reflexões e incursões noutras áreas, porque afinal a língua cobre toda a realidade. Com marcado sentido pedagógico, sem abdicar do necessário humor.
9.1.11
Anglicismo
A língua também foi vítima
Um dos Capitães de Abril, Vítor Alves, morreu hoje †. Demos a palavra a Jorge Correia, da Antena 1: «Vítor Alves foi um dos coordenadores dos textos políticos escritos antes do 25 de Abril e que deram suporte à Revolução de 1974.»
[Post 4299]
4 comentários:
Anónimo
disse...
Curiosamente, o Dicionário Houaiss não faz qualquer menção a anglicismo, nem a reclamação de puristas quanto a essa acepção, como em tantos outros verbetes; e dá como etimologia forma regressiva do verbo "suportar", e datação já de 1788.
Eu estive para fazer a mesma pergunta. Vendo bem, o anglicismo estará, não no vocábulo em si, mas no contexto em que este que foi empregado. São os mais difíceis de rastrear... Às vezes, o exotismo pode vir não da palavra ou locução, nem do próprio contexto, mas só do seu uso exclusivo, repetição ou abuso. - Montexto
Já agora ouça-se também a locutora que esta manhã, 10.01.2011, 8 h, na Antena 2, se referiu ao finado como pertencente ao MFA, pronuncinado eme, efe, ai. Resultado, suponho, da anglicite que lhe ecoa na orelha. Não é de admirar: em Portugal vive-se imerso na ingresia. Por muitas e desvairadas vias, mas sobretudo pela da sanfona da música (?) dita popular, de que a rádio, mas não só, é desaguadouro obrigado e exclusivo. Podia-se perdoar tudo a bifes e camones, menos tal cegarrega. - Montexto
4 comentários:
Curiosamente, o Dicionário Houaiss não faz qualquer menção a anglicismo, nem a reclamação de puristas quanto a essa acepção, como em tantos outros verbetes; e dá como etimologia forma regressiva do verbo "suportar", e datação já de 1788.
De certeza que se trata de anglicismo?
Eu estive para fazer a mesma pergunta. Vendo bem, o anglicismo estará, não no vocábulo em si, mas no contexto em que este que foi empregado.
São os mais difíceis de rastrear...
Às vezes, o exotismo pode vir não da palavra ou locução, nem do próprio contexto, mas só do seu uso exclusivo, repetição ou abuso.
- Montexto
«em que este foi empregado»:basta.
- Mont.
Já agora ouça-se também a locutora que esta manhã, 10.01.2011, 8 h, na Antena 2, se referiu ao finado como pertencente ao MFA, pronuncinado eme, efe, ai.
Resultado, suponho, da anglicite que lhe ecoa na orelha.
Não é de admirar: em Portugal vive-se imerso na ingresia. Por muitas e desvairadas vias, mas sobretudo pela da sanfona da música (?) dita popular, de que a rádio, mas não só, é desaguadouro obrigado e exclusivo. Podia-se perdoar tudo a bifes e camones, menos tal cegarrega.
- Montexto
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