15.1.11

Revisão

Erros e errata e desculpas


      Eu não disse que é bom dar uma olhadela às cartas ao director dos vários jornais? Na edição de hoje do Público, na página 34, pode ler-se esta carta, assinada pela escritora Helena Osório: «A propósito do texto divulgado na rubrica Livros da página Crianças de sábado passado, assinada por Rita Pimenta, em que se dava conta de “erros de pontuação e de ortografia indesculpáveis” no livro Viagens de José pelo Mundo dos Sonhos, a autora e editora da Animedições informa que os livros estão a ser distribuídos com uma errata cujo conteúdo revelamos:
      Os contos de José são escritos noutro tempo, quando ainda não vigorava o novo Acordo Ortográfico (a partir ano lectivo 2011/2012). Em todos os contos há referências a esse tempo em caixa alta. E apenas uma legenda na página 31 o indica, onde se escreve “estória” pela 1.ª e única vez (e não “história”, i.e. pp. 4, 5, 8, 9, 11, 20, 27, 46). Não se trata de erro ou de má acentuação e, sim, de fazer ver a diferença junto dos mais jovens. Como, por exemplo, “pêlo” da lontra (pp. 9-10, 31, 34, 37) em confronto (ou não) com “pelo” mundo dos sonhos de José; ou como “as fôrmas das inúmeras flores em forma de cálice” (p. 52). Considere-se, nesta obra, a pontuação e hifenização o estilo próprio da autora (i.e. semi-encoberto e semi-desfocadas, pp. 25, 31).
      Na página 13, onde se lê “caiem”, deve ler-se “caem”. Na página 15, onde se lê “de certo”, deve ler-se “decerto”. Na página 18, onde se lê “Não viajás-te” e “Matás-te”, deve ler-se “Não viajaste” e “Mataste”. Na página 25, onde se lê “As folhas de Outono”, deve ler-se “As imaginadas folhas de Outono”. Na página 37, onde se lê “se não”, deve ler-se “senão”. Na página 38, onde se lê “dar-te-à”, deve ler-se “dar-te-á”. Na página 40, onde se lê “tornaste”, deve ler-se “tornas-te”. Na página 49, onde se lê “ouvis-te”, deve ler-se “ouviste”. Na página 52, onde se lê “possui-las”, deve ler-se “possuí-las”. Na contracapa, onde se lê “vindo a preocupar”, deve ler-se “vindo a preocupar-se”.»
      Percebe-se: o dinheirinho foi todo para os artistas plásticos, não chegou para contratar os serviços de um obscuro revisor.

[Post 4327]

1 comentário:

Francisco Agarez disse...

Espantoso. Mas acho que falta na carta um parágrafo a dizer que a editora devolve o dinheiro aos incautos compradores contra a entrega do exemplar incautamente comprado.