8.2.11

Como se escreve nos jornais

Então, distraímo-nos?

      «Wlad Godzich, professor de Literatura na Universidade de Genève, falou, num livro intitulado “The Culture of Literacy”, daquilo a que chama “novo vocacionalismo”, isto é, uma conceção utilitária da universidade, que é transformada num sítio de produção visando preferencialmente o contexto económico, o que requer fornecer aos alunos uma “literacia operativa”, com a qual eles devem ficar dotados das ferramentas para se moverem com eficácia no seu estrito campo» («O presente e o futuro das humanidades», António Guerreiro, «Atual»/Expresso, 5.02.2011, p. 32).
      Caro António Guerreiro: creio que é Université de Genève que se diz. Ou será Universidade de Genebra?


[Post 4410]

2 comentários:

Anónimo disse...

Caem-lhes os parentes à lama se pronunciarem portuguesmente o berço de Jean-Jacques, já se me azou ensejo de o dizer em anterior comento. Esta não lhes passa de modo algum, é mais forte do que eles.
E cá está mais uma vez e sempre o Sr. Gerúndio, essa potência da prosa novíssima (ou nem tanto, pronto): «transformada num sítio de produção visando preferencialmente o contexto económico». Não se pode estar sem ele.
(Do «novo vocacionalismo» e da «literacia operativa» fornecida pela universidade aos alunos nem é bom falar: ultrapassa o previsível pelo discreto e homem de bem até nas suas horas de maior desregramento imaginativo, que por definição nunca são muitas. O próprio Nicolau de Cusa que, por mal dos seus pecados, agora escrevesse, havia de intitular o seu livro de «Douta Estupidez»...)
- Montexto

Anónimo disse...

É nestas e noutras conjunturas que tais e tamanhas que também me ocorrem repentes como este de J. Rentes de Carvalho (blogue «O Tempo Contado», 07.II.2011):«E vá de explicar em minucioso detalhe as razões porque Mariana chora a ouvir Brahms, e atinge orgasmos num museu defronte de um quadro de Goya.
Lidas páginas de coisas assim e deu-me um repente. Não tanto pela leitura, mas porque gostava de ter, e me falta, o veneno de Camilo.»

(Mas «as razões porque Mariana», caro Rentes?! Reveja-me isso, por alma de quem lá tem...)
- Mont.