9.2.11

Como se escreve nos jornais

Decida-se

      «A equipa, que foi coordenada por Alexandra Houssaye, do Museu de História Natural de Paris, contou também com a colaboração de investigadores do sincrotrão europeu, o European Sychrotron Radiation Facility, instalado em Grenoble, onde as imagens de raios X foram realizadas, e do Karlsruhe Institute of Technology, na Alemanha, onde as imagens foram estudadas» («Cobras primitivas tinham pernas», Filomena Naves, Diário de Notícias, 9.02.2011, p. 31).
      Antecipei-me em meses, peço desculpa: eu já tinha dito à minha filha que dantes as cobras tinham pernas. (Espero que não me escorracem da comunidade científica.) Agora aquela equipa veio demonstrá-lo. Bem, mas isso agora não interessa. Parece-me que a jornalista se enganou: Alexandra Houssaye é do National Museum of Natural History. Ah, não é essa a regra, escrever tudo em inglês? Não? Sendo assim, melhor se diria que a outra instituição era o Instituto de Tecnologia de Karlsruhe. Ou, então, tudo nas respectivas línguas: Muséum National dHistoire Naturelle e Karlsruher Institut für Technologie.

[Post 4419]

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem dos novíssimos coerência esperar, de muita paciência se deve armar: é ditado dos tempos modernos.
- Montexto

Anónimo disse...

Por exemplo: «A canção diz também para que a geração mais velha se preocupe com as novas gerações que, coitadas», etc., escreve F. J. Viegas na crónica de hoje (mais uma vez: «Tu quoque, brutus...»).
Então eu de mim digo que revejam a regência do verbo dizer em textos honrados.
- Mont.