6.3.11

«Mandado/mandato»

N.º tal, mas ordem

      «Renato Seabra pode ser extraditado para Portugal? Embora penda já sobre o ex-manequim um mandato para deportação [n.º 88441941], tal só terá efeito quando for libertado» («Dúvidas jurídicas ensombram o futuro de Renato Seabra», Carla Bernardino, Diário de Notícias, 6.03.2011, p. 69).
      Só não aprende quem não quer, e alguns jornalistas recusam-se a aprender. Julgam que aprenderão fazendo. Tudo o que outros já pensaram é-lhes irrelevante. Quantas vezes já aqui falei da confusão entre «mandato» e «mandado»? E mais: não deveria ser ordem de deportação?


[Post 4528]

1 comentário:

Anónimo disse...

Estes é que verdadeiramente nunca têm dúvidas, nem precisam de consultar nada nem ninguém; mas, ao invés do outro, quase sempre se enganam.
O pobre de André Gide, coitado, esse é que pescava tão pouco da sua língua que «Sa préoccupation linguistique est constante; il ne se passe pas de jour qu’on ne fasse des recherches dans le dictionnaire» (segundo a sua cronista — e quase sogra: «gauloiseries, quoi!» — Maria Van Rysselberghe, Une anthologie des “Cahiers de la Petite Dame”, Gallimard, Folio, 2006, p. 132).
— Montexto