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«O termo “cicerone”, enquanto guia, virá de este introduzir ao mundo latino o pensamento dos Gregos e ainda também pelo facto de no fim da vida Cícero ter escrito uma série de obras sobre eloquência e a arte da oratória, livros esses que serviram de autênticos guias para os políticos da Roma antiga» (Mafalda Lopes da Costa, Lugares Comuns, Antena 1, 12.04.2011).
«Introduzir ao mundo», cara Mafalda Lopes da Costa? Está mesmo a ver-se que em português decente é impossível expressar a mesma ideia do anglicismo semântico.
A propósito de anglicismo: hoje o revisor antibrasileiro telefonou-me porque queria saber se há forma de evitar o anglicismo «não governamental». Hã?! Como disse? «A expressão mostra a confusão que vai nessas cabecinhas entre Estado e governo.» Sabiam disto?
[Post 4681]
5 comentários:
Hum... Consulto agora o Houaiss eletrônico, e ele não faz nenhuma ressalva sobre anglicismo no verbete. Seria mesmo?
E, claro, isso é supinamente estranho, já que nada mais falta a esse dicionário...
Fora da leitura dial de meia dúzia de páginas em «português decente», não há salvação, por mais Joyces, ou Becketts ou Roths ou Littells ou Bolaños que o pessoalinho ingurgite. Essa falta nota-se-lhes logo nas primeiras duas palavras que juntem. Quanto ao antibrasileiro, nem sei do que fala.
— Montexto
E alguns, talvez para esconder sua própria ignorância, ficam-se a fazer gracinhas e ironias, sem contudo acrescentar coisa alguma. É o caso do primeiro Anónimo.
Portanto, «não governamental» será «não estatal». Particular, por conseguinte.
Ou não?...
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