25.5.09

De «bowling» a «bólingue»

É que se são…

      «É o Colombo que procuram em tempo de férias, porque querem ir ao cinema, jogar bowling no Funcenter e almoçar por pouco dinheiro nos vários espaços de fast food da Praça da Alimentação, piso 2» («A minha rua é o Colombo», Maria Barbosa, Única, 25.04.2009, p. 35). Muito me estranha que na Única não se escreva bólingue: «Agora que os dias começam a ficar mais pequenos estou a pensar em recomeçar a jogar bólingue» (Tudo É Fatal, Stephen King. Tradução de Luís Santos e revisão de Manuela Ramos. Lisboa: Círculo de Leitores, 2008, p. 99). «“Bólingue”, que horror!», exclamarão alguns — mas não serão os mesmo que ignoram que já no tempo dos pais (!) se passou a escrever, por exemplo, Sara em vez (ou com mais frequência) de Sahara ou Saara? «Hélder Ferreira e Fernando Silva querem sobreviver à aventura do Sara» («Dois portugueses no Sara para a maratona mais dura do mundo», António Pedro Pereira, Diário de Notícias, 30.3.2008, p. 47). Por outro lado… Bem, por outro lado, nas traduções publicadas pelo Círculo de Leitores, nunca se lê uísque, aportuguesamento proibido.