«A suite tinha 35 m2 e estava decorada em tons quentes de castanho» (Crimes, Ferdinand von Schirach. Tradução de João Bouza da Costa e revisão de Clara Boléo. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2010, p. 85). «A história desse cativeiro que decorreu por 3096 dias foi revelada pela própria em Setembro do ano passado, numas memórias que acabam de ser traduzidas para português, um livro em que conta quase tudo o que viveu para sobreviver à prisão num cubículo de 5 m² de uma cave e à subnutrição em que era mantida para evitar a sua fuga» («A intimidade dos 3096 dias negros de Natascha Kampusch», João Céu e Silva, Diário de Notícias, 12.01.2011, p. 46).
É deprimente ver (e os 13,95 euros que o livro custou ajudam a catalisar o processo) como até nos jornais, por vezes, se tem mais cuidado com a escrita. Serão estas questões a que actualmente só os leitores da área de ciências são sensíveis?
[Post 4314]
1 comentário:
Talvez o autor tenha escrito assim no original, e o revisor filológico tenha querido respeitar-lhe o estilo. :-P
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