22.3.11

«De debaixo», de novo

Para ficar bem assente

      Já aqui vimos esta questão. A repetição serve somente para mostrar que, sempre que é usado um verbo de movimento, pelo menos a dúvida não deixa de aflorar a mente de quem escreve: «“Tirar de baixo” ou “tirar de debaixo”?» E nada disto é novo.
      «Pegou nela e pôs-se a embalá-la, cantarolando na sua linguagem. A Didi retirou a cabeça de debaixo da asa e olhou para o macaco. Quando o viu a embalar a garrafa, ficou cheia de ciúmes e zangada» (A Aventura no Barco, Enid Blyton. Tradução de Maria Helena Mendes. Lisboa: Editora Meridiano, Limitada, 1969, p. 67-68). «— Onde está o barco? — disse João, olhando em volta. Não o viram. Só quando retiraram o Micky de debaixo da cama e que encontraram o barco. Ele não o tinha estragado. Apanhou três valentes acoites e a Didi três palmadas no bico» (idem, ibidem, p. 68). «Um ruído suspendeu-lhe de repente os pensamentos. Pousou o cachimbo e levantou-se, uma figura silenciosa, mesmo junto da coluna quebrada. Escutou. O ruído vinha de debaixo do chão, tinha a certeza» (idem, ibidem, pp. 201-2). «À noite, o Estrela dos Mares voltou a partir. Nem Jaime nem qualquer dos pequenos ouviu as máquinas começarem a trabalhar. A Didi acordou, retirou a cabeça de debaixo da asa e voltou a encolher-se» (idem, ibidem, p. 226).

[Post 4597]

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim, não se perde nada, antes pelo contrário, em vincar uma vez e outra os vários matizes dos giros e modismos, e a correcção das formas. Até porque, hoje em dia, nada mais original.
— Montexto